O vidro automotivo laminado exerce uma importante função para a proteção dos ocupantes do veículo. Quando quebrado, os estilhaços ficam presos nessa camada intermediária. Esta característica produz efeito de uma “teia de aranha” quando o impacto não é totalmente suficiente para furar o vidro. É composto por duas ou mais placas de vidro, que são unidas por uma ou mais camadas intermediárias de polivinil butiral (PVB) ou resina.
O vidro laminado foi inventado em 1903 pelo químico francês Edouard Benedictus, inspirado por um acidente em seu laboratório. Um frasco de vidro com um revestimento plástico caiu e quebrou mas seus estilhaços se mantiveram unidos. A primeira utilização generalizada de vidro laminado foi nas máscaras de gás durante a Primeira Guerra Mundial.
É normalmente utilizado quando existe uma possibilidade de impacto humano, como em pára-brisas de automóveis; onde se deseja ter maior segurança, como em janelas e vitrinas; ou onde não pode cair o vidro quebrado, como em clarabóias e corrimãos.
Polivinil butiral é uma película plástica e elástica aplicada entre as chapas de vidro. Estão disponíveis no mercado películas transparentes, coloridas e impressas. É nessa película que os fragmentos de vidro ficam presos em caso de quebra. Graças a esta camada, o vidro laminado tem um melhor isolamento acústico, devido ao efeito amortecimento entre as placas de vidro, e também bloqueia 99% dos raios UV transmitidos.
Já o vidro temperado é utilizado principalmente nos vidros laterais e traseiros do veículo. O vidro é muito resistente e possui uma exclusiva característica de fratura que é o estilhaçamento instantâneo no caso de quebra. Se quebrado, o vidro se estilhaça em pequenos pedaços sem bordas cortantes, proporcionando um ambiente mais seguro no caso de acidentes.